Saturday, September 24, 2005

Rita in the US vs. Rita en Cuba


















Rita nos EUA: "The Great Escape".












Rita em Cuba.

Duas formas diferentes de enfrentar o mesmo problema. Os que vivem numa ilha e que simplesmente não têm para onde fugir; outros que querem fugir, e rapidamente se vêem retidos nas enormes auto-estradas, um dos símbolos desse enorme poderio norte-americano.

Dizia Bush acerca do protocolo de Kyoto: "We'll be working with our allies to reduce greenhouse gases, but I will not accept a plan that will harm our economy and hurt American workers."

E não assinou, já está! Defendeu a economia americana e os seus trabalhadores.

A administração americana sempre trabalha com os seus aliados, mas à sua maneira. A ideia na cabeça de Bush será algo do género: Eles reduzem e nós mantemos. Resultado: Diminuição global do efeito de estufa. "Objective accomplished"!

Um pouco de ciência: O planeta Terra tem uma temperatura média que se situa confortavelmente entre os pontos de ebulição e de congelação da água, pelo que cria condições ideais à existência de vida tal como a conhecemos. Devemos estas condições à distância a que a Terra se encontra do Sol (que permite ao paneta absorver a quantidade ideal de energia solar) e igualmente às características da nossa atmosfera.
A atmosfera terrestre funciona como um filtro ou cobertor, permitindo ao planeta reter calor que de outra forma se perderia para o espaço-> Efeito Estufa. E é este calor que vai mantendo a Terra a essa temperatura óptima.
Esta capa ou atmosfera não é mais que uma combinação perfeita de gases (dióxido de carbono, vapor de água, metano, óxido nitroso, oxigénio, hidrogénio - estes 2 últimos não contribuem para esse efeito de estufa tão útil, por terem propriedades diferentes). O que acontece é que fruto da intensa actividade industrial e humana, estamos a alterar a proporção de gases que compõem a atmosfera (o dióxido de carbono é o que mais aumenta) potenciando esse efeito de retenção de calor, pelo que a temperatura terreste aumenta.

Assim sendo, vive-se um processo de concentração de energia no planeta, pelo que fenómenos naturais como furacões e tempestades tenderão a ter um maior potencial destruidor. Além disso, são eventos que ocorrerão com maior frequência.

Sei que não se trata apenas de assinar protocolos. Assinar é fácil. O que importa é que cumpramos aquilo a que nos propômos.
Contudo, sendo os EUA o país que mais polui no planeta, creio não ter o direito de excluir-se de um objectivo mundial que, afinal de contas, nos afecta a todos. E, pelo que parece, afecta também à economia, trabalhadores e restantes cidadãos estado-unidenses.


"Unfortunately, you'll learn it the hard way".